A Polícia Civil do Espírito Santo está investigando a morte de uma mulher de 39 anos, ocorrida após a realização de um procedimento conhecido como peeling de fenol. O corpo da vítima foi encontrado em sua casa, no bairro Goiabeiras, em Vitória, no dia 19 de junho¹. O fenol é uma substância química cáustica usada por dermatologistas em peelings químicos profundos para tratar rugas, manchas na pele e cicatrizes. No entanto, esse procedimento deve ser realizado em um centro cirúrgico ou ambulatório monitorado, devido ao uso de anestesia e aos riscos de arritmia causados pela presença do fenol na corrente sanguínea antes de sua metabolização pelo corpo. A aplicação é feita em etapas para evitar concentrações excessivas e sobrecarga cardíaca.
Segundo relatos da imprensa local, a mulher teria comprado o produto pela internet e aplicado-o sozinha. Seu irmão afirmou que ela teve reações graves após a primeira aplicação, mas ainda assim decidiu fazer uma segunda. O exame perinecroscópico realizado no local do crime não conseguiu determinar a causa da morte devido ao avançado estado de decomposição do corpo. O corpo foi encaminhado para o Departamento Médico Legal de Vitória para necropsia e, posteriormente, liberado para os familiares. De acordo com a legislação, o laudo cadavérico deve ser emitido em até dez dias, podendo ser prorrogado por igual período¹. Caso o peeling de fenol seja confirmado como a causa da morte, este será o segundo óbito relacionado a esse procedimento no mesmo mês. Em São Paulo, um paciente também faleceu após o peeling de fenol, realizado por uma influenciadora em sua clínica¹. É importante que procedimentos estéticos sejam realizados com cautela e por profissionais qualificados para evitar riscos à saúde.
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